A riqueza que o mundo produz é algo que impressiona pela grandiosidade e magnitude. Segundo o banco Credit Suisse, a riqueza global no ano de 2022 foi de 463,6 trilhões de dólares. Esse número corresponde a aproximadamente R$ 2,3 quatrilhões, considerando a cotação atual do dólar (cerca de 5 reais por dólar). É um valor imensamente grande e difícil de conceber em termos de magnitude.
Se distribuirmos igualmente esse valor para todos os 7,9 bilhões de seres humanos do planeta, cada pessoa receberia cerca de 58.600 dólares, ou aproximadamente 292.000 reais. É uma quantia significativa de dinheiro, mas vale lembrar que essa é apenas uma divisão igualitária hipotética e que, na prática, essa riqueza está concentrada em poucas mãos.
Segundo o relatório “Global Wealth Report 2021” do Credit Suisse, os 1% mais ricos do mundo detêm quase 45% da riqueza global, enquanto os 10% mais ricos possuem 76% da riqueza. Enquanto isso, os 50% mais pobres possuem apenas 1% da riqueza global.
Isso é preocupante porque a desigualdade social é uma das principais causas da pobreza, miséria e falta de oportunidades em todo o mundo. A falta de acesso à educação, saúde e recursos básicos impede muitas pessoas de alcançar seu potencial e leva a uma sociedade injusta e desigual.
Para entender como isso acontece, é preciso examinar como funciona a relação financeira entre as pessoas. O modelo econômico atual é baseado no capitalismo, que pressupõe que o mercado deve determinar o valor e a distribuição de bens e serviços. Isso significa que aqueles que possuem capital e investimentos tendem a se beneficiar mais do sistema. Aqueles que não têm esses recursos, por outro lado, ficam para trás.
Esse modelo econômico tem contribuído para a concentração de riqueza por poucos, enquanto muitos ficam para trás. Aqueles que são capazes de investir em negócios lucrativos, ações e outras formas de capital acabam ganhando mais dinheiro e acumulando riqueza. Enquanto isso, muitos outros lutam para sobreviver com salários mínimos e poucas oportunidades.
É importante ressaltar que essa distribuição desigual de riqueza não é sustentável a longo prazo. A pobreza e a miséria geradas por esse modelo econômico contribuem para a instabilidade social e econômica, o que pode levar a conflitos e desordem em todo o mundo.
Mas como poderia ser uma distribuição um pouco mais justa da riqueza global?
Embora não haja uma solução simples ou única para essa questão, algumas propostas incluem um aumento do salário mínimo, uma tributação mais justa e uma redistribuição mais equitativa da riqueza. Essas medidas poderiam ajudar a reduzir a desigualdade social e a proporcionar oportunidades para mais pessoas, apesar de serem apenas um ponto de partida em termos de política global de renda.
A educação é um fator chave para a mudança, sendo fundamental para o desenvolvimento humano e social. Além de aprimorar habilidades e conhecimentos, ela amplia horizontes e incentiva a criatividade e a inovação. Com uma educação de qualidade, as pessoas se tornam mais produtivas, capazes de gerar mais riqueza e contribuir para a evolução da sociedade como um todo. É necessário que as pessoas tenham acesso a informações e recursos que as ajudem a compreender a importância da distribuição justa da riqueza e como isso pode melhorar a vida de todos.
É importante destacar que, apesar das desigualdades e concentração de riqueza que existem atualmente, o mundo caminha, no longo prazo, para uma relação mais igualitária entre os seres humanos. Isso é inevitável e está relacionado à evolução da sociedade e do próprio sistema econômico.
Além disso, a tecnologia também tem um papel fundamental na mudança da relação financeira entre as pessoas. As criptomoedas e as plataformas de compartilhamento de recursos são exemplos de tecnologias que permitem uma maior democratização do acesso à riqueza.
A concentração de renda e monopólios são questões urgentes que precisam ser enfrentadas para alcançar uma distribuição mais justa da riqueza. É fundamental que as pessoas tomem consciência das condições desiguais que existem no mundo e, a partir disso, ajam para mudá-las. Embora os desafios sejam grandes, o caminho para uma sociedade mais igualitária já está sendo trilhado.